27 de maio de 2015

Opinião - The Hunger Games - Suzanne Collins


Título: the Hunger Games
Autora: Suzanne Collins
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do Norte Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de ferro. Todos os Distritos estão obrigados a enviar anualmente dois adolescentes para participar nos Jogos da Fome - um espectáculo sangrento de combates mortais cujo lema é «matar ou morrer». No final, apenas um destes jovens escapará com vida… Katniss Everdeen é uma adolescente de dezasseis anos que se oferece para substituir a irmã mais nova nos Jogos, um acto de extrema coragem… Conseguirá Katniss conservar a sua vida e a sua humanidade? Um enredo surpreendente e personagens inesquecíveis elevam este romance de estreia da trilogia Os Jogos da Fome às mais altas esferas da ficção científica.

Opinião por Filipa Monteiro:
Começo por dizer que nunca pensei gostar deste livro.
Apesar de todas as boas opiniões e do filme ter estreado e tudo o mais, não me conseguia despertar a atenção. Não sei se por ser young-adult (que não gosto muito), se por ser ficção científica (que não gosto muito), não sei porque razão foi, penso que foi uma combinação de vários factores. Agora, com a estreia do segundo filme e com novos alaridos, após me ter sido quase impingido por um amigo meu, cedo finalmente, peço ao pai Natal, o pai Natal dá e eu leio o primeiro volume...
As explicações começam e a América do Norte não existe, foi destruída e existem 12 distritos no seu lugar, onde quem os comanda é o Capitólio, com mão de ferro. Isto porque, há 74 anos, houve uma revolta nos 13 distritos, tendo como resultado, a destruição total do distrito 13 e em que os 12 restantes tinham que ceder todos os anos um rapaz e uma rapariga (tributos) para realizarem uns jogos mortais para divertimento do Capitólio, uma forma de mostrar que estão à sua mercê e que não são nada senão peões para eles. Uma maneira de prevenir as revoltas, se bem que no meu ver, é assim é que provocam a revolta... no entanto, as pessoas nada têm e são constantemente vigiados para não saírem dos eixos e assim as pessoas não têm capacidade de resposta...
Os tributos são então escolhidos, vão para o Capitólio para serem treinados e apaparicados antes de serem enviados para a arena (local onde vão ser realizados os jogos). Vão dar entrevistas para as pessoas os conhecerem (isto porque os jogos são depois transmitidos em todos os distritos a uma hora marcada e é obrigatório a sua visualização), têm estilistas por sua conta, comida em abundância, coisa que nenhum deles tem acesso, têm sessões de treino, aprendendo a fazer armadilhas, a lançar facas, camuflagem, aprendem as ervas comestíveis que possam encontrar nos dias em que estão na arena (a arena pode ser um deserto, uma selva, um local cheio de água, qualquer coisa, dependendo da disposição dos produtores dos jogos), etc. Neste perído têm também um mentor, um anterior vencedor dos jogos que vai sempre tentar ajudar os do seu distrito, quer na preparação dando dicas, quer, mais tarde, na arena. Findo este período, a aventura... começa.
E é aqui que a acção é contínua, seguimos todos os pensamentos de Katniss (a rapariga em chamas) à medida que avança na arena e os dias vão passando. É um combate até à morte, em que apenas um dos 24 tributos (dos 12 aos 18 anos) sai vencedor... Peeta, o rapaz escolhido do distrito 12, nutre por Katniss uma amizade especial e esta tem a tentação de ceder e deixá-lo ajudá-la... permitirá isso? Afinal, APENAS sai um vencedor da arena. . . todos os anos. . . em 74 anos de jogos... A acção avança e os tributos vão sendo mortos, quer entre eles, quer por eventos originados pelos produtores dos jogos quando estes "arrefecem" e não há sangue para transmitirem nas tv's...
O fim fez-me o que só um bom policial me faz... correr os olhos pelas páginas e querendo saltar linhas, para saber o que aconteceu; o que vai acontecer. Foi tão inesperado que... mal o acabei, comecei o segundo volume.
É um livro de leitura compulsiva, eu tive muita dificuldade em pousar o livro e li-o em dois dias, tardes e noites. Apesar de ter poucos diálogos, tudo é descrito de uma forma rápida e emocionante, com constantes acontecimentos e com muita muita emoção.
Tenho também de referir que tem momentos de humor, dei por mim muitas vezes a sorrir feita parva para o livro.
Recomendo sem reservas.

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