7 de abril de 2014

Opinião - Raptada

Título: Raptada
Autor: Lauren DeStefano 
Editora: Planeta

Sinopse:
Graças à ciência moderna, todos os recém-nascidos são bombas-relógio genéticas - os homens só vivem até aos vinte e cinco anos e as mulheres até aos vinte. Neste cenário desolador, as raparigas são raptadas e forçadas a casamentos polígamos para que a raça humana não desapareça. Levada pelos Colectores para se casar à força, Rhine Ellery, uma rapariga de dezasseis anos entra num mundo de riqueza e privilégio. Apesar do amor genuíno do marido Linden e da amizade relativa das suas irmãs-esposas, Rhine só pensa numa coisa: fugir, encontrar o irmão gémeo e voltar para casa. 

Mas a liberdade não é o único problema. O excêntrico pai de Linden está decidido a encontrar um antídoto para o vírus genético que está prestes a levar-lhe o filho e usa cadáveres nas suas experiências. Com a ajuda de um criado, Gabriel, pelo qual se sente perigosamente atraída, Rhine tenta fugir no limitado tempo que lhe resta.

Opinião por Soraia Matos:
Eu queria, queria tanto, gostar do livro. Infelizmente, tal não aconteceu. A ideia de que os recém-nascidos são bombas-relógio e que os homens morrem aos vinte e cinco anos e as mulheres aos vinte anos foi o que me cativou inicialmente a ler o livro. É daquelas ideias que me levam a perguntar: porque é que não pensei nisto antes? 
As personagens estão bem conseguidas, mas não consegui simpatizar com a personagem principal Rhine Ellery. Porém, outras como Cecily, Rose e Jenna cativaram a minha atenção. São personagens com uma carga pesada, muito diferentes de Rhine, especialmente Cecily. Linden não aqueceu nem arrefeceu e para mim não há nada pior do que a indiferença a um personagem. Ele é acomodado e ingênuo. É um tolinho apaixonado. Nada de interessante. 
O início - as duas primeiras páginas - é fantástico. Abrimos o livro e BANG, temos obrigatoriamente de continuar a ler. Mas a história arrasta-se e arrasta-se e arrasta-se e arrasta-se mais uma vez, até que finalmente, depois de muito suor a tentar não perder a linha condutora, atingimos o clímax. Há situações que se repetem e repetem e repetem, tirando um ou outro momento que espevita novamente a curiosidade.

Sem comentários: