18 de março de 2012

Opinião - Memorial do Convento

Título: Memorial do Convento
Autor: José Saramago
Editora: Caminho

Sinopse:
Era uma vez um rei que fez promessa de levantar convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido.

Opinião por Juliana Ferreira:
Com este livro, vi quais eram os sentidos da vida num passado bastante distante, a vida complicada de uns em relação à escravidão e a vida complicada de outros que desejavam coisas que não tinham ou que eram obrigados a fazer. Era uma vida cheia de injustiças e com uma desigualdade social enorme. Existia muita riqueza mas era apenas na corte do Rei. Havia uma distinção enorme entre os pobres e os ricos, é notório em todas as descrições do convento e a pobreza de Baltasar e Blimunda ou os homens que carregavam as grandes pedras. As mulheres eram como um fardo para os homens e casava-me sem amor o que provocava o adultério. A religião escondia muitos segredos e Saramago não pouca criticas à mesma. Sem esquecer todos os sonhos que levam as pessoas a aventuras, como o sonho de voar do Padre Bartolomeu.

Acho que o livro foi escrito para quem gosta de ficção e magia. A escrita não é de fácil compreensão e o pensamento não é coerente o que nos faz fazer um esforço maior ao ler este livro, não é uma obra fácil de ler com 16/17 anos. O livro afectou-me pois fez-me perceber que por muito que se diga que agora a vida está difícil com a crise, dantes era muito pior e as pessoas nem podiam reclamar. Fez-me entender o passado, fez-me entender as injustiças do passado mas mais que tudo fez-me acreditar que existem histórias em que se pode dar mais brilho, mesmo que seja com sonhos, ilusões ou esperanças. Não recomendaria este livro a toda a gente, por exemplo à minha mãe não recomendaria, não são temas que ela goste nem gosta da escrita do mesmo autor. As obras de Saramago na minha opinião trazem sempre algo novo à nossa vida e não consigo comparar a sua escrita com mais nenhum livro que eu já tenha lido.

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